quinta-feira, 18 de junho de 2009

Triunvirato

UM = Lá dos lados da Coamo (cooperativa Agroindustrial de Campo Mourão), chega a informação de um devedor que estaria no rol dos “competentes” num certo trem da alegria. Duzentos mil reais é a conta dele. Contida na informação está visível a insinuação de que o pagamento será feito não pela conta ou bolso dele próprio, mas pelo couro e suor do cidadão. Tem nada não. A média de sobra de dinheiro comunitário tem sido mais ou menos isso mesmo. Sorte. *** DOIS = Do outro lado, o da Sabará, a destilaria de álcool e fábrica de açúcar, vem a mensagem de que a empresa está passando por sérias dificuldades financeiras e, por isso mesmo, não pode comprar telas para isolar as nascentes de água com seus cílios de mata nativa. Deve ter sido por essa mesma dificuldade que ela secou tantas fontes e córregos quanto pôde. Sendo assim, tudo bem. Quando as coisas melhorarem, se ainda houver alguma, certamente isolarão as fontes. É a lei. *** TRÊS = Do centro vem novamente a antiga investida que passa pela Câmara de Vereadores: mudar o feriado de 8 de setembro (Nossa Senhora das Graças – Padroeira de Engenheiro Beltrão), para 27 de novembro. Day after do aniversário da cidade. Isso é inspirador. Vou mudar meu aniversário de 18 de outubro para 12 do mesmo mês ou primeiro de janeiro. Assim os fogos de artifício desses dias serão comemorações ao dia que nasci. Mesmo não tendo nascido na data. Legal. *** CRIADOR = Um pouco para me exibir como criador - ou elaborador, como queira – outro pouco pela imbecilidade dos poetas, pus-me a desenvolver e fiz todos os programas e projetos que seriam implantados em Engenheiro Beltrão quando chegássemos ao Poder através dos partidos políticos que criamos. A caminho das campanhas e eleições o eficiente ataque dos coleguinhas jogou por terra qualquer expectativa que eu, ou a outra meia dúzia de legendas que fundamos, poderia ter ou manter. Política é assim. *** FANFARRÃO =
Na segunda investida foi pior ainda. Com a tendência natural de o Elias (Elias de Lima – PR), ganhar a eleição para prefeito, deixei-me convencer por ele de que seria bobagem lançarmos um candidato próprio. Como para mim tanto fazia quem ganhasse, ele permitiria que nosso grupo dirigisse todos os projetos que tínhamos para desenvolver a cidade que é de todos. Bem... Quer saber se assim aconteceu? Ora, acha mesmo que eu estaria escrevendo isso se estivesse acontecendo? *** EXIBICIONISTA = Não que eu acreditasse que o Elias fosse capaz de fazer qualquer uma daquelas coisas que ele prometia. Afinal eu o conheço de outros carnavais. O caso é que elegemos o Chico (Francisco de Assis Alves – PSDC), e, como a sorte favorece a mente preparada, ele se tornou presidente da Câmara. Tava tudo bem. “Estaria”. De inimigo número um tornaram-se parceiros e agora nem mesmo a representação que a coligação pensou que teria ela consegue ver. Os projetos? Ora... Isso dá muito trabalho... *** BOBO = Saí do PDT para fundar o PSC, colaborei com a criação do PT e, mais tarde, do PSL, PRTB, PTN e a reedificação do PRP. O plano era criar uma equipe política sem vícios e sem a cultura de rapina que impera nesse meio. Desenvolvi um projeto onde a ação prevalecia no desenvolvimento do município contemplando tudo e todos. Engenheiro Beltrão seria a melhor cidade do mundo. Invadiram o PDT e o Elias chutou todas as mesas do nosso baile bem na hora de começar a dança. Tomou o PSL do Chico e tentou ser o dono de tudo. Resultado: dançou todo mundo. Política é assim. *** REI = Depois de cavar a própria sepultura na primeira investida, Elias de Lima – PR, reciclou-se. Prometeu mundos e fundos como é natural e jogou por terra o sonho bobo de uma política sem vícios. Fechou acordo com mais 14 partidos prometendo governar com todos e atender às necessidades gerais. Dessa vez tentou cassar a candidatura do Chico. Não conseguiu, mas ganhou a eleição apesar da campanha esdrúxula. Mandou todo mundo catar coquinho e se trancou no gabinete. Hoje ele é prefeito e a maioria dos partidos coligados está lá fora boquiaberta com medo do monarca. *** PRÍNCIPE = Humilhado pela tomada do PSL, Chico da Farmácia desistiu da primeira candidatura. Convidei-o então para o meu partido, mas tomaram-me o PSC. Corri atrás e fundei, às pressas, o PSDC. Chico como meu primeiro vice-presidente. Em segundo ficou João Fernandes Neto (coitado, acho que ele acha que o traí. O natural seria ele o primeiro). A inimizade entre Chico e Elias se esvaiu com a eleição do meu vice. Braço dado com o antigo desafeto esqueceu seu compromisso. Importante demais para atender a qualquer um, não tem tempo para os projetos de antigamente. Ai-ai... ***
Cá com meus botões: se um triunvirato é assim como seria uma centúria?

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